domingo, 26 de agosto de 2007

Logroño - Nájera

Acordei pelas 5h e tal da manha, depois de ter ouvido um zum-zum-zum no quarto pelas 3h, quando um peregrino saiu e o vento bateu a porta com toda a força.. outro que estava abaixo desse fez a maior confusao quando ele voltou - foi chamar a hospedeira e tudo.. o engraçado eh que este ultimo acordou mais gente do que o proprio barulho da porta.. aas vezes, no dia-a-dia, a gente ve muita gente que toma atitudes parecidas: ao inves de resolver o problema, reclama, envolve outras e soh piora as coisas.. aqui passou o mesmo.. alias, dia desses falavamos como encontramos todo tipo de gente aqui, igual aa sociedade que vivemos fora do Caminho..

Quando cheguei aa cozinha pra arrumar minha mohila e partir (para nao fazer barulho com os sacos dentro do quarto), encontrei uma Austriaca chamada Antonia que tambem fazia o mesmo.. ambos pensavamos que eramos os unicos do albergue a tentar sair pelas 6h da manha.. como tinhamos 27km de caminho, e o Sol ameaçava aparecer - como realmente aconteceu, seria mais prudente caminhar com a brisa fresca da manha do que o Sol escaldante dos campos de vinho da Rioja até as 16h, 17h.. aliás, vimos nos rostos e marcas de Sol dos peregrinos que chegaram por esta hora..

Outra benesse de haver chegado cedo ao albergue foi aproveitar a piscina municipal que estava do outro lado do rio e todos os peregrinos eram convidados.. o banho, apesar de um poouco frio - e talvez por isso, foi bastante saudavel a todos os musculos cansados do Caminho..


No final do dia, a Antonia (foto) me ajudou a furar uma segunda bolha que tinha começado no dia anterior.. antes que se transformasse em calo, ela deu um ponto com uma linha (que deixou pendurada para escorrer todos os fluidos da bolha) e passou desinfetante.. na verdade, as dores físicas e o acostumar do corpo a uma jornada de 20, 30km todos os dias, ja nao me incomodam mais.. agora é a mente que começa a filosofar mais e a pensar nos por quês do Caminho..

R

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