domingo, 2 de setembro de 2007

Hontanas - Boadilla del Camino



De Hontanas a Castojeriz, a etapa foi plana e de fácil trâmite, passando por ruínas e uma parte de asfalto..















Num momento em que reparei que no céu cruzavam muitos aviões, lembrei que já tinha passado de avião por ali algumas vezes.. e a sensação de estar vivenciando o terreno foi muito mais agradável que a de sobrevoá-lo.. e olha que adoro voar ;)


Logo cheguei a Castrojeriz, onde deveria ser meu destino no dia anterior.. Aqui, pela primeira vez tomei um café com as "meninas" de Viñarós.. vinham com um carro de apoio, onde uma delas guiava de povoado a povoado enquanto as outras caminhavam.. nem desconfiava como elas seriam importante mais adiante em meu Caminho..













Em Castrojeriz (dizem que foi fundada por Júlio Cesar), encontrei quase 1 km de antigas construções romanas.. entre elas, me chamou a atenção a lateral da Iglesia de Santo Domingo, do século XIV, onde haviam duas imponentes caveiras que estavam no muro lateral virado para a rua.. tinham as seguintes inscrições em latim:

 o mors o eternitas 

às quais nos lembram que "ou morremos ou nos eternizamos"..













Desta vez, parei de propósito antes do indicado pelos guias para poder aproveitar de outro oásis no meio do Caminho.. o segundo albergue com piscina, mas desta vez, bem melhor que o outro.. Na piscina, voltei a encontrar com dois peregrinos bascos "muy majos", Eloi y Loli, que no final do dia foram verdadeiros anjos pra ajudar a curar minhas duas novas bolhas, dessa vez nos calcanhares..





Por coincidência, ou não, enquanto o primeiro albergue era gerenciado por um espanhol apaixonado pelo Brasil, este segundo era de um espanhol que nasceu em Sorocaba, interior de São Paulo.. apesar de ter perdido o sotaque brasileiro, e de viver falando a todos os peregrinos que os sergipanos eram perigosos, além de ser paulista, o Dudu até parecia boa gente ;)


Forte abraço, Dudu..

R

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