sábado, 29 de setembro de 2007

Negreira - Oliveiroa

Como sabíamos que teríamos uma jornada de 32km, partimos bem cedo, pelas 6h50´.. antes de sair, fiquei um pouco tonto ("mareado") quando levantei mas pensei que tinha sido pela rapidez do movimento.. já no Caminho, enquanto decidia se tirava a capa de chuva ou não, pois o orvalho matinal ficava cada vez mais forte, me senti tonto novamente.. naquele momento, pedi ao Charlie o chocolate que compramos no dia anterior e de imediato coloquei açúcar no sangue.. diminuí o ritmo e também fiquei com o cantil da Marta que estava cheio, enquanto os dois seguiam na frente.. logo recuperei da tontura e retomei o ritmo.. alcançei os meninos e 12km depois da saída paramos para o café matinal.. ali tomei um café da manhã reforçado com tortilha francesa (ovos mexidos), torradas, geléia, etc.

O que era o orvalho persistente da manhã se transformou num dia inteiro de chuva.. por isso, decidimos r direto pro albergue sem parar durante nos últimos 20km de Caminho.. e o fizemos.. chegamos pelas 15h todos ensopados, sonhando com um banho quente e uma boa refeição.. o albergue só abria pelas 15h30' e fomos então almoçar um caldo galego (bem quente) e umas costeletas de novilho (chuletas de ternera).. durante o almoço fiquei sbendo que já haviam uns 10 peregrinos esperando o albergue abrir quando o Charlie e a Marta subiram e descobriram que o mesmo estava fechado.. então, indaguei se não seria melhor levar nossas credenciais e voltar pra comer o segundo prato.. os meninos não queriam dividir a refeição em duas e eu concordei em ficarmos no restaurante.. logo ia me arrepender..

Quando estávamos já na sobremesa, entra um peregrino todo molhado perguntando se havia quartos ali - que além de restaurante era uma Casa Rural.. quando eu perguntei a ele se o albergue estava completo, ele respondeu que sim e que somente havia colchões pra dormir num local com teto mas aberto, no qual poderíamos passar muito frio à noite.. ficamos sem ação! Fomos ao albergue e lá não havia sinal de hospitaleiro.. os outros peregrinos nos informaram que ela viria entre 19h e 20h.. pelas 19h30' chegou um senhor dizendo ser o substituto da hospitaleira, e que era seu marido nas horas vagas.. muitos outros peregrinos já tinham ido buscar na Casa Rural que custava 40 ou 70 euros por noite.. nós resistimos e já pensávamos em colcocar os colchões entre as camas de outros peregrinos, que, solidários com a nossa situação, concordavam com a ideia.. quando o hospitaleiro "substituto" nos atendeu, disse que ficaríamos em uma habitação com cinco camas que era reservada para "minusvávilidos" (deficientes físicos e jovens excepcionais).. 



Por aquela hora chegou também o David, um chico de Bilbao que era quase sempre o último a sair do albergue.. e juntou-se a nós.. também tinha chegado um casal de holandeses de bicicletas, mas estes decidiram dormir num típico lugar galego para colocar os grãos a salvo dos roedores e da chuva.. a casa então era só nossa e foi salvo o dia!

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